A silvicultura na Grã-Bretanha depende de um pequeno número de espécies de árvores e enfrenta os desafios das alterações climáticas e um número crescente de novas pragas e doenças; esta paleta estreita de espécies florestais aumenta os riscos. Após um intervalo de 40 anos sem ensaios de espécies em larga escala, estabeleceu-se em 2012 um  novo conjunto de ensaios. 

o primeiro foi em parceria com o projeto da UE, REINFFORCE,  que examinaria a adaptabilidade das espécies florestais às alterações climáticas ao longo  da região costeira  atlântica da Europa.  Este projeto de 4 anos estabeleceu 38 ensaios experimentais de espécies em toda a região, desde os Açores, Portugal,  até à Ilha de Mull, Escócia; três dos ensaios estão localizados na Grã-Bretanha. Para complementar este projeto, a Forestry Commission financiou ensaios adicionais para garantir uma  melhor cobertura das diferentes regiões climáticas na Grã-Bretanha, uma vez que o foco geográfico da REINFFORCE centrava-se nas zonas do Atlântico Ocidental do país.

Procedeu-se a uma avaliação do crescimento aos 5 anos para obter alguns resultados iniciais. A totalidade dos ensaios engloba 42 espécies e 116 proveniências em cinco locais da Inglaterra, Escócia e País de Gales. Para obter uma ideia preliminar geral e concisa, os resultados são apresentados ao nível da espécie. Das espécies avaliadas; sete superaram as expectativas (azinheiras, cedro-do-incenso, faia oriental, sobreiro,  pinheiro-de-Weimouth, pinheiro-americano e pinheiro-manso), quinze apresentaram o comportamento esperado e nove ficaram aquém  das expectativas. Os resultados até agora não contam toda a história e é importante que as espécies com fraco desempenho não sejam sumariamente descartadas, uma vez que há diversos fatores que poderão ter afetado o crescimento .

Os ensaios serão reavaliados aos 10 anos e os dados revistos tendo em conta a espécie e a proveniência.  A inclusão dos dados da rede REINFFORCE mais alargada, permitirá obter uma visão global sobre as variações climáticas e a escolha das futuras espécies será mais evidente. 

Para mais informações:

Por: Chris Reynolds et.al. (Forest Research)