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Cryphonectria parasitica (Ascomycota, Diaporthales).

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Cryphonectria parasitica </i> (Ascomycota, Diaporthales).

Cancro do castanheiro

Cryphonectria parasitica (Ascomycota, Diaporthales).
Sinónimo: Endothia arasitica
Estado assexuado: Endothiella parasitica

Cancro americano do castanheiro, cancro cortical do castanheiro

Hospedeiros

Castanheiro (Castanea sativa), Azinheira (Quercus ilex), Quercus pubescens e Q. petraea.

Identificação

  • Presença de ramos mortos com folhas castanhas, enroladas.
  • Presença de cancros no tronco, ramos e pernadas. Inicialmente, nota-se um avermelhamento e fendilhamento da casca. Mais tarde, a casca divide-se em faixas verticais e longitudinais (Fotos 1 e 2).
  • Na superfície dos cancros surgem pústulas amarelas ou alaranjadas (1,5-2 mm de diâmetro) (Foto 3).
  • Sob a casca observa-se o desenvolvimento de um micélio denso, enfeltrado, de cor amarelada (Foto 4).
  • Formação de novos rebentos abaixo da zona dos cancros.

Danos

  • Morte de parte da copa ou mesmo de toda a árvore se a doença afectar o tronco.
  • Nos hospedeiros mais tolerantes (na Europa muitas espécies de Quercus e híbridos de Castanea) ou quando a doença é causada por estirpes hipovirulentas (= formas de C. parasitica pouco agressivas) os cancros ou as infecções superficiais da casca podem persistir numa forma benigna durante vários anos e causar menos estragos.

Biologia

  • O fungo penetra na casca através de feridas (feridas de poda, quebra de ramos e fissuras naturais) e invade progressivamente a casca e o lenho.
  • Na Primavera e no Verão, sobre a casca afectada formam-se pústulas amarelas a alaranjadas que correspondem às frutificações assexuadas do fungo. Estas frutificações produzem esporos que são disseminados pelo vento, pela chuva, por pássaros e por insectos.
  • Os esporos sexuados são disseminados pelo vento a longas distâncias, durante a Primavera.
  • Os dois tipos de esporos germinam a temperaturas entre 18-38ºC e ambos podem provocar novas infecções.
  • Após a germinação dos esporos desenvolve-se rapidamente micélio sob a casca, levando à morte dos ramos e das pernadas.

Factores de risco

  • A poda das árvores é um dos principais factores de risco.

Medidas de gestão

Medidas preventivas

  • Corte e queima das partes afectadas das árvores.
  • Desinfecção dos instrumentos de poda.
  • Desrtruição do material vegetal resultante da poda.

Meios de luta

  • Inoculação dos cancros com estirpes hipovirulentas (= menos agressivas) do fungo do mesmo grupo de compatibilidade vegetativo (VCG) das estirpes virulentas.
Foto 1: Sintomas de cancro do castanheiro no tronco.
Foto 2: Sintomas de cancro do castanheiro no tronco.
Foto 3: Frutificações assexuadas de Cryphonectria parasitica.
Foto 4: Micélio de Cryphonectria parasitica sob a superfície da casca.

Fotos : 1 & 2: Carmen Salinero; 3 & 4: Pedro Mansilla.


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