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Pissodes castaneus (De Geer) (Coleoptera, Curculionidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Pissodes castaneus</i> (De Geer) (Coleoptera, Curculionidae)

Gorgulho pequeno do pinheiro

Pissodes castaneus (De Geer) (Coleoptera, Curculionidae)
Sinónimo: Pissodes notatus

Hospedeiros

Todas as espécies de pinheiros.

Identificação

  • Presença de gotas de resina no tronco, associadas à alimentação dos adultos e actividade de postura.
  • Amarelecimento e queda das agulhas, resultando numa redução da folhagem da copa.
  • Descoloração da copa, desenvolvendo-se do topo para a base (Foto 1).
  • Partes da casca desprendem-se devido à secura do tronco.
  • Galerias debaixo da casca, com larvas ápodes, amareladas, com a cabeça avermelhada, em forma de C (no máximo com 1 cm de comprimento).
  • Presença de câmaras pupais típicas, ovais (cerca de 1 cm de comprimento), cheias de fibras de madeira longas e enroladas (Fotos 2 e 3).
  • Orifícios de saída redondos e pequenos na casca (feitos pelos adultos que emergiram das câmaras pupais subjacentes).
  • Pequenos insectos adultos (6 - 9 mm) com manchas brancas amareladas nos élitros, e com as antenas implantadas a meio do rostro (Foto 4).

Danos

  • Ataques severos levam à morte de árvores jovens (até aos 15 anos).
  • Em árvores mais velhas este insecto aparece apenas como secundário, por exemplo, a seguir a um ataque de escolitídeos.

Biologia

  • Existe uma ou duas gerações por ano.
  • Normalmente os adultos encontram-se activos desde a Primavera até ao Outono, com um período de descanso no Verão. Em Invernos suaves os adultos podem permanecer activos.
  • Os adultos alimentam-se da casca de rebentos, ramos ou do tronco.
  • A deposição dos ovos ocorre em dois períodos principais: Abril/ Maio e Julho/ Setembro.
  • Podem encontrar-se larvas debaixo da casca durante todo o ano, mas estas interrompem o seu desenvolvimento durante o Inverno. As larvas escavam galerias debaixo da casca e alimentam-se do floema.

Factores de risco

  • Esta espécie ataca sobretudo árvores enfraquecidas, tais como árvores em stress hídrico, ou atacadas por escolitídeos ou processionária do pinheiro (Thaumetopoea pytiocampa).
  • Podem ocorrer ataques severos após incêndios florestais.

Medidas de gestão

Monitorização

  • Utilização de toros armadilhas.

Medidas preventivas

  • Boas condições sanitárias.
  • Prevenir carências de nutrientes ou stress hídrico.
  • Árvores atacadas devem ser removidas do povoamento assim que possível.
  • Utilizar armadilhas de toros recentemente cortados, que se removem e eliminam após a infestação.

Meios de luta

  • Não existem pesticidas registados em Portugal ou França contra esta espécie.
  • Em Espanha, é permitida a aplicação de Deltametrina contra os adultos (Maio - Junho), antes da realização das posturas. Esta medida é recomendado apenas em povoamentos jovens e se os níveis populacionais estiverem muitos elevados.
Foto 1: Presença de agulhas amarelas e vermelhas em toda a copa.
Foto 2: Larva madura dentro da câmara pupal.
Foto 3: Sob a casca: câmaras pupais vazias, com fibras de madeira enroladas.
Foto 4: Insecto adulto.

Fotos : 1, 2 & 4: M. Ribeiro; 3: Pierre Menassieu.


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