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Diprion pini (L) (Hymenoptera, Diprionidae)

IEFC - Forest pests and diseases - Consult - <i>Diprion pini</i> (L) (Hymenoptera, Diprionidae)

Lofiro grande do pinheiro

Diprion pini (L) (Hymenoptera, Diprionidae)

Hospedeiros

Várias espécies de pinheiros, em particular o pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris).

Identificação

  • Na Primavera e início de Verão, face interna das agulhas com revestimento castanho, longitudinal, a proteger as posturas (Foto 1).
  • Do final da Primavera a meio do Verão e do fim do Verão ao Outono, presença de colónias com larvas semelhantes a lagartas que se alimentam de modo gregário das agulhas. As larvas são de cor amarelo claro a amarelo esverdeado, até 25 mm de comprimento, com duas fiadas laterais de pontuações negras e cabeça avermelhada (Fotos 2 e 3).
  • Presença de casulos castanhos, compactos e ovóides, na copa das árvores durante o Verão, ou nas anfractuosidades do ritidoma na base do tronco, ou enterrados no solo, ou ainda na folhada desde o Verão até à próxima Primavera (Foto 4).

Danos

  • Desfolhas severas reduzem o crescimento anual.
  • A desfolha e a destruição dos raminhos provocam o enfraquecimento das árvores e aumenta a susceptibilidade ao ataque de insectos perfuradores.
  • Em árvores sob stress a desfolha completa pode causar a sua morte.

Biologia

  • Na maior parte das regiões há duas gerações por ano, nalgumas zonas montanhosas pode ocorrer uma única geração.
  • Os adultos voam em meados da Primavera e de meados a fim do Verão (duas gerações) ou do final da Primavera ao fim do Verão (uma geração).
  • Os ovos são postos em fiadas em ranhuras abertas pelas fêmeas na face interior das agulhas, e revestidos por uma cobertura que se torna acastanhada quando endurece.
  • As larvas são gregárias alimentando-se das agulhas velhas (Primavera e Verão) e na casca dos raminhos; a segunda geração de larvas alimenta-se também das agulhas produzidas nesse ano.
  • Na primeira geração as pupas formam-se em casulos nas agulhas e ramos (meados de Verão), na segunda geração as larvas enterram-se durante o Outono, formando aí casulos onde hibernam; quando há uma única geração os casulos são formados apenas no solo de meados ao fim do Verão.
  • Na fase hibernante (larvas maduras transformadas, designadas de eoninfas, antecedendo a ninfose) o desenvolvimento é interrompido por vários meses (diapausa normal) até três anos (diapause prolongada).
  • Localmente as gradações não se prolongam por mais de dois anos; os inimigos naturais, a fome e a diapausa prolongada são os principais factores reguladores das populações.

Factores de risco

  • Os povoamentos puros, contínuos, de pinheiro silvestre na fase de fustadio (naturais ou reflorestados) são mais susceptíveis de ataque.

Medidas de gestão

Monitorização

  • Uso de armadilhas com feromonas para monitorizar o período de voo e detectar aumentos nas populações.

Medidas preventivas

  • Evitar povoamentos puros, contínuos, de grande extensão de pinheiro silvestre, plantando povoamentos mistos de pinheiro e folhosas.

Meios de luta

  • A aplicação de insecticidas contra esta praga não está autorizada em Portugal, Espanha ou França; os inimigos naturais e a fome conduzem normalmente a um rápido colapso das populações.
Foto 1: Revestimento castanho na face interna das agulhas cobrindo os ovos introduzidas nas agulhas.
Foto 2: Grupo de larvas jovens do lofiro grande do pinheiro.
Foto 3: Larva do lofiro grande do pinheiro.
Foto 4: Eoninfa invernante dentro de um casulo aberto.

Fotos : 1 & 4: Juan Pajares; 2 & 3 : Unidad de Sanidad Forestal de Aragón.


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