‘Dieback’ do pinheiro
Sphaeropsis sapinea (Deuteromycota, Coelomycetes).
Sinónimos: Diplodia pinea, Granulodiplo-dia sapinea, Sphaeropsis ellisi
Morte do topo para a base
Hospedeiros
Todas as espécies de pinheiros (Pinus) particularmente P. sylvestris, P. nigra, P. radiata, P. taeda e P. halepensis, Abeto de Vancôver (Abies grandis), Abeto do Norte (Picea abies), Pseudotsuga ou Pinheiro do Oregon (Pseudotsuga menziesii) e Criptómeria do Japão (Cryptomeria japonica).
Identificação
- No final da Primavera e início do Verão, observa-se o avermelhamento, curvatura e morte da parte terminal dos lançamentos (Fotos 1 e 2).
- Presença de pequenas pontuações negras (picnídios) nas agulhas mortas, gomos terminais, pinhas e em cancros dos ramos.
- Normalmente, as agulhas com picnídios (Foto 3) apresentam-se cinzentas e podem ser facilmente destacadas dos ramos.
- Aparecimento de gotas de resina nos ramos doentes e desenvolvimento de lançamentos novos abaixo das zonas infectadas.
- Por vezes este fungo aparece associado a variados sintomas incluindo ‘dieback’, cancros nos ramos, podridão das pinhas e sementes, podridão das raízes.
- A madeira dos ramos infectados e do tronco torna-se ligeiramente azulada.
Danos
- Estragos consideráveis quando a infecção ocorre em anos sucessivos ou em situações de epidemia.
- Redução no crescimento, frequentemente conduz à morte das árvores atacadas.
- Em viveiros, pode ocasionar a morte de todas as plantas.
Biologia
- No inverno, o fungo hiberna nas agulhas mortas, nos ramos e nas pinhas, na forma de picnídios (frutificações assexuadas).
- No início da Primavera dá-se a libertação dos esporos, originando infecções ao nível dos gomos ainda antes do seu desabrolhamento.
- As infecções sucedem-se enquanto existir condições de humidade e temperatura favoráveis (infecções secundárias.
Factores de risco
- Humidade elevada (70% a 80%) favorece grandemente o desenvolvimento da doença.
- A temperatura óptima para a germinação dos esporos é de cerca de 24 ºC.
- As árvores são mais susceptíveis quando são pouco vigorosas, existem feridas ou outros factores de ‘stress’.
Medidas de gestão
Medidas preventivas
- Evitar a utilização das agulhas do pinheiro e pinhas (locais de hibernação do fungo) como estrume.
- Os viveiros não devem ser estabelecidos na vizinhança das plantações de pinheiros.
- Recomenda-se a destruição e queima de plântulas e árvores doentes (viveiros).
- Em viveiro, efectuar as regas pela manhã, permitindo assim que as plantas sequem ao longo do dia.
- Evitar causar feridas nas árvores.
- Em hospedeiros susceptíveis, as podas devem ser realizadas no Inverno.
Meios de luta
- Não existem fungicidas homologados em Portugal contra esta doença.